quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Como atenienses homenageavam concidadãos mortos em combate

Entre os antigos gregos, sepultar os mortos tinha grande importância. Faziam-no por reconhecerem o significado higiênico dessa prática, e também por respeito com parentes e amigos falecidos. Mas, além disso, entendiam que deixar corpos sem sepultura podia trazer sérios problemas para os vivos: os mortos não sepultados deixariam de ir para o reino de Hades, ficariam vagando pelos lugares que haviam frequentado em vida e incomodariam a quem encontrassem. Como ninguém queria uma coisa dessas, em caso de guerra, após cada batalha, uma trégua era combinada entre os beligerantes para que não faltasse oportunidade de resgatar os corpos dos que haviam tombado em combate.
Tucídides, autor de História da Guerra
do Peloponeso
(¹) 
Em Atenas, de acordo com o que disse Tucídides na História da Guerra do Peloponeso, os guerreiros mortos recebiam homenagens significativas de seus concidadãos. Os ossos eram expostos à visitação pública por três dias, sendo facultada aos parentes e amigos a realização das oferendas tradicionais. Depois disso, os ossos eram colocados em caixões feitos de madeira de cipreste, correspondentes à tribo de cada morto, sem faltar um que, não tendo identificação, ficava vazio, como memória daqueles soldados cujo corpo não fora encontrado. A seguir, em uma procissão fúnebre, da qual participavam homens e mulheres, os caixões eram conduzidos ao mausoléu da cidade, destino final daqueles cuja memória Atenas honrava pela bravura.. Os atenienses encerravam a cerimônia com um discurso proferido por orador notável, com a finalidade óbvia de rasgar elogios aos valentes que haviam morrido. Não é difícil estabelecer uma comparação com costumes que até hoje são seguidos na maioria dos países ocidentais.
As exéquias dos heróis atenienses eram pagas com dinheiro público. Ainda conforme Tucídides, apenas os que morreram na batalha de Maratona (²), em virtude de seus feitos notáveis, foram sepultados no próprio local em que se travara a luta. O decurso da Guerra do Peloponeso (³), contudo, trouxe para Atenas um desgosto adicional. Os sobreviventes da monumental força enviada a lutar na Sicília (⁴), derrotados pelos siracusanos e seus aliados em uma angustiante tentativa de retirada, que também fracassou completamente, deixaram para trás os feridos, os doentes e os mortos que, longe de sua cidade-Estado, não foram recolhidos, não foram sepultados e não receberam as homenagens costumeiras. Talvez tenham tido mais sorte do que os soldados vivos. A esses, depois da captura e de meses de sofrimentos, impôs-se a escravidão. 

(1) HEKLER, Anton. Die Bildniskunst der Griechen und Römer. Stuttgart: Julius Hoffmann, 1912, p. 17. A imagem foi editada para facilitar a visualização neste blog.
(2) 490 a.C.
(3) 431 - 404 a.C.
(4) 415 - 413 a.C.


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terça-feira, 26 de outubro de 2021

Caldeira para produção de vapor fabricada no começo do Século XX

O que temos aqui é prova de que até mesmo os pequenos museus podem preservar coisas muito interessantes no acervo. Vejam, meus leitores, esta caldeira para produção de vapor, pertencente ao simpático Museu Histórico e Geográfico de Monte Sião - MG:




De fabricação inglesa e datada de 1910, a caldeira fez uma longa viagem, primeiro de navio, e, após o desembarque no Rio de Janeiro, por terra, até chegar ao sul de Minas Gerais, onde foi empregada para, gerando vapor, colocar em movimento uma beneficiadora de café. Detalhe curiosíssimo: para o transporte terrestre precisou ser puxada por nada menos que vinte juntas de bois. 


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quinta-feira, 21 de outubro de 2021

A participação dos deuses na escolha do segundo rei de Roma

Numa Pompílio é considerado o segundo rei de Roma. É um dos "reis lendários", assim chamados porque, sobre eles, não se tem muita documentação. É provável que esses reis tenham existido, mas os autores que escreveram sobre eles fizeram uso de fontes que nem de leve chegavam perto, em suas origens, ao tempo em que se supõe que tenham vivido.
Após esse preâmbulo, falemos de Numa e de como chegou a ser rei em Roma, apesar de ser sabino, e não romano. De acordo com Plutarco (¹), Rômulo morrera em condições suspeitas (²), e a desordem reinava naquela que seria, dentro de alguns séculos, a cidade mais importante do mundo mediterrânico. Naquele tempo, porém, não passava de uma aldeia à beira do caos. Tendo discutido quem deveria ser o novo mandatário, os cidadãos mais influentes teriam chegado a um acordo quanto a chamar Numa Pompílio para o cargo, por ser considerado pessoa religiosa, de boa índole e com muita afeição à filosofia, a cujo estudo se dedicava desde que enviuvara.
Lá se foram os representantes de Roma a chamá-lo. Viria? Como mandavam os bons modos, recusou, a princípio, mas acabou sendo convencido pelo pai idoso a aceitar o cargo. Sua chegada a Roma foi acompanhada de grandes festejos, mas, reunida toda a população em praça pública, Numa Pompílio recusou as insígnias reais, alegando que os deuses ainda não haviam manifestado aprovação para sua escolha como monarca.
Pode-se imaginar que tudo não passava de encenação para convencer os belicosos romanos. Porém, segundo Plutarco, os sacerdotes e adivinhos, gente que se supunha ter boa relação com os deuses, foram chamados para mostrar o que devia ser feito. Levaram Numa até o Capitólio e lá, com o cerimonial apropriado (Numa foi coberto com um véu, enquanto um dos sacerdotes conservava a mão sobre sua cabeça), pediram que, mediante o voo ou canto das aves, os deuses mostrassem se lhes agradava a escolha daquele rei. Lembrem-se leitores: havia, para os romanos, aves favoráveis e desfavoráveis, e o comparecimento de umas ou outras era visto como sinal enviado pelas divindades. Vamos ao que disse Plutarco:
"Fez-se grande silêncio [...], esperando que os deuses manifestassem um sinal favorável [...]. Estando todos com os olhos no céu, viram voar aves que indicavam aprovação à direita de Numa, ao que se declarou ser [sua escolha como rei] a vontade dos deuses, e com essa aprovação do céu a alegria foi ainda maior. Após essa manifestação [dos deuses], Numa aceitou as insígnias reais [...]." (³)
Desde então, Numa Pompílio passou a exercer o governo da cidade. Nas palavras de Tito Lívio (⁴), "tão logo começou a reinar, dedicou-se a edificar novamente, desde os alicerces, o direito, as leis e costumes daquela cidade que com força e armas se fundara" (⁵).
Não se pode afirmar, meus leitores, que tudo se passou exatamente assim. Talvez Plutarco, Tito Lívio e outros autores tenham romanceado um pouco a vida de Numa, incidindo em uma tentação que não é incomum, quando se trata de assuntos remotos. Um fato, todavia, salta aos olhos: era desse modo que os antigos romanos davam fim às suas dúvidas. Pediam um palpite aos deuses, a quem, afinal, podiam culpar, se os acontecimentos subsequentes não fossem tão bons quanto esperavam. 

(1) c. 45 - 125 d.C.
(2) Cf. PLUTARCO. Vitae parallelae.
(3) PLUTARCO. Vitae parallelae. O trecho citado foi traduzido por Marta Iansen, para uso exclusivamente no blog História & Outras Histórias.
(4) 59 a.C. - 17 d.C.
(5) LÍVIO, Tito. Ab urbe condita libri. O trecho citado foi traduzido por Marta Iansen, para uso exclusivamente no blog História & Outras Histórias.


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terça-feira, 19 de outubro de 2021

A pelota, barquinho improvisado, foi usada na travessia de rios durante a Guerra do Paraguai

Em 1º de maio de 2012, quando este blog tinha pouco mais de dois anos de existência, postei um texto sobre a pelota, barquinho muito simples, até improvisado, que se empregou durante largo tempo no Brasil para a travessia de rios. Ia nele uma pessoa que não queria entrar na água, fosse por não saber nadar ou para não molhar a roupa. Podiam ir também vários objetos e mercadorias. 
Com a pelota não eram usados remos: um bom nadador entrava na água e, com auxílio de uma corda, conduzia a curiosa embarcação de um lado a outro do rio, conforme explicou o naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire, ele próprio transportado em uma delas: "A pelota, nome dado a estas pirogas, é simplesmente um couro cru ligado nas quatro pontas e que, desse modo, forma um barco que se pode confundir, pela aparência, com as sacolas de papel onde se põem biscoitos. Enche-se a pelota de objetos, ata-se nela uma corda ou tira de couro; um homem, a nado, prende a corda entre os dentes e faz passar assim a piroga. [...]" (¹).
Dito assim, os leitores poderão pensar que pelotas foram usadas até as primeiras décadas do Século XIX, e não além. Nada disso! De acordo com o Visconde de Taunay (²), estiveram em uso por tropas brasileiras, na Província de Mato Grosso, durante a Guerra do Paraguai: 
"Esta corixa (³) dava nado em toda sua extensão, obrigando-nos a fazer pelotas, que deviam transportar nossas cargas. Nada mais expedito: um couro bem seco, levantado nas quatro pontas, que se ligam por cordéis ou tiras, recebe os pesos que são solidamente amarrados, de modo a formarem um sistema imóvel, em cima do qual assenta-se o passageiro, como melhor puder. Depois de lançada à água com todo o cuidado, atira-se um nadador à frente da pelota, levando entre os dentes a cordinha que a guia, ao passo que um segundo ajuda a mantê-la na boa direção, empurrando-a de quando em quando." (⁴)
Não devia ser uma viagem confortável. Era uma solução simples, todavia, para as tropas que haviam sido enviadas, com pouquíssimos recursos, ao combate em uma região para a qual não havia mapas confiáveis, sem estradas, muitas vezes até sem trilhas, por rústicas que fossem, e cujas condições naturais - relevo, hidrografia, vegetação, clima - eram quase desconhecidas.

(1) SAINT-HILAIRE, A. Viagem ao Rio Grande do Sul. Brasília: Senado Federal, 2002, p. 327.
(2) Era um jovem oficial quando participou da Guerra do Paraguai.
(3) No vocabulário local, designava um canal que dava acesso a um rio.
(4) TAUNAY, Alfredo de Escragnolle. Cenas de Viagem. Rio de Janeiro: Typographia Americana, 1868, p. 37.


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quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Moinhos de vento


Relembrem comigo, leitores: um pai tinha três filhos e, ao morrer, deixou herança a cada um deles. Ao mais velho, coube um moinho; ao do meio, um burro; ao mais jovem, um gato. Vocês já sabem, era o
Gato de Botas.
Mas, afinal, que tipo de moinho o pai poderia ter deixado ao primogênito? Se considerarmos que as raízes do conto estão na Idade Média, deveria ser um moinho de vento, porque foi nessa época que eles se popularizaram na Europa. Mas o fato de que o segundo filho tenha herdado um burrico levanta problemas. Talvez o animal servisse para transportar cereal moído ou ainda a ser triturado. No entanto, moinhos de proporções razoáveis eram, desde a Antiguidade, postos a girar com a força de jumentos (que, para essa tarefa, tinham os olhos vendados). O que me dizem? Quanto ao gato, vocês conhecem o resto da história.
Moleiro trabalhando,
imagem do Século XVI (*)
Não é coisa fácil adivinhar qual moinho teria inspirado o conto popular que Charles Perrault consagrou ao colocá-lo no papel. Mas, de fato, os moinhos de vento foram um grande avanço, porque, em regiões cujas condições naturais eram favoráveis, permitiram que quantidades cada vez maiores de cereal fossem processadas em menos tempo. Inicialmente acoplados às rodas de pedra no nível do solo, os moinhos de vento foram, posteriormente, adaptados a estruturas elevadas, em madeira ou alvenaria, e instalados de tal modo que a direção do vento não trouxesse qualquer dificuldade. Nasciam, assim, os moinhos de torre, contra os quais Dom Quixote se insurgiu, vendo neles gigantes terríveis que deveriam ser derrotados. 
Levanto aqui uma possibilidade de interpretação, deixando aos leitores o direito de pensar dela o que quiserem. Cervantes viveu antes da era industrial, e é pouco provável que seu herói às avessas arremetesse contra os moinhos vendo neles algo além de inimigos, como nas lendas fantásticas medievais que admirava em delírio. Seria permitido, todavia, a quem vive em nosso século, ver nisso uma imagem da luta do homem contra a força das máquinas (por ele mesmo inventadas, mas escapando ao seu controle e personificadas nos moinhos) e contra a natureza (que, malgrado todos os esforços, se recusa a aceitar dominação), e que, neste caso, seria representada pelo vento? Quem ousaria negar que as grandes invenções fascinam mas, ao mesmo tempo, impõem temor?

(*) AMMAN, Jost. Aller Stande auf Erden. Frankfurt: Georg Raben, 1568. A imagem foi editada para facilitar a visualização neste blog.


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terça-feira, 12 de outubro de 2021

A experiência em mineração dos escravos africanos foi decisiva para a extração aurífera colonial

Alguns dos descobridores de ouro no Brasil Colonial não estavam procurando metais preciosos. Procuravam, sim, indígenas para aprisionar e escravizar. De caminho, acabaram topando com ouro, mas desconheciam técnicas de mineração e não tinham ferramentas apropriadas para a extração do mineral. Mesmo entre os que explicitamente procuravam metais preciosos não havia grande conhecimento do ramo. Em Pluto Brasiliensis, Wilhelm Ludwig von Eschwege (¹) assim explicou o que faziam: "As primeiras descobertas de ouro [...] tiveram lugar mais nos córregos do que nos rios. Os faiscadores [...] contentavam-se com processos primitivos, ou possivelmente, não conheciam outros melhores. Limitaram-se a extrair, por meio de pequenas vasilhas, as areias dos córregos, catando com os dedos os grãos visivelmente maiores. [...]" (²).
Ninguém poderia esperar resultados esplêndidos com método tão primitivo. Melhorias foram introduzidas, porém, quando escravos trazidos da África, que conheciam técnicas de mineração, foram levados às áreas onde se encontrara ouro. Ainda conforme Eschwege, foram estes os progressos devidos aos escravizados: "Deve-se principalmente aos negros a adoção das bateias de madeira, redondas e de pouco fundo, de dois a três palmos de diâmetro, que permitem a separação rápida do ouro da terra, quando o cascalho é bastante rico. A eles se devem, também, as chamadas canoas, nas quais se estende um couro peludo de boi ou uma flanela, cuja função é reter o ouro, que se apura depois em bateias" (³).
Com modificações proporcionais à área a ser minerada, as técnicas introduzidas pelos escravos foram bastante utilizadas, até que a mecanização de alguns processos ganhasse espaço, a despeito da resistência entre os proprietários de jazidas auríferas. Já entre os faiscadores (⁴), fossem escravos ou livres, o modo de trabalho dos africanos persistiu ainda por muito tempo, em razão da simplicidade e pouca exigência de equipamentos e recursos.

(1) Especialista em minas, veio ao Brasil a convite do governo joanino, que pretendia revitalizar as minas. 
(2) ESCHWEGE, Wilhelm Ludwig von. Pluto Brasiliensis. Brasília: Senado Federal, 2011, p. 251.
(3) Ibid., pp. 251 e 252.
(4) Pessoas que procuravam ouro isoladamente, trabalhando por conta própria em áreas consideradas pouco promissoras, que não haviam sido repartidas entre grandes mineradores.


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quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Fundibulários

Fundibulários, também chamados fundeiros, usavam fundas, com quase inacreditável pontaria, para arremessar pedras e outros objetos, não por esporte ou diversão, mas com propósitos bélicos. Eram, portanto, soldados especializados e, por isso, fizeram parte de muitos exércitos na Antiguidade. Tito, por exemplo, ao comandar a conquista e destruição de Jerusalém em 70 d.C., teve fundibulários em suas tropas e, no dizer de Flávio Josefo (¹), marchavam próximo dos lançadores de dardos.
Os projéteis usados por fundibulários não eram, como regra, inocentes pedrinhas de um ou dois centímetros de diâmetro. Aquelas que faziam cair sobre as forças inimigas eram pedras grandes, do tamanho das atuais bolas de golfe e até das de tênis. Como se isso fosse pouco, usavam também objetos pontiagudos e bolas de chumbo. Fode-se facilmente imaginar o estrago que causavam.
Não só na Antiguidade, porém, é que fundibulários tiveram ocupação. No Século XVI, Hernán Cortés e seus soldados, na luta pela conquista do México, provaram na própria carne quão eficientes podiam ser as fundas de guerreiros tlaxcaltecas e astecas. De acordo com Bernal Díaz del Castillo, testemunha ocular que lutou ao lado de Cortés, dos tlaxcaltecas "ao passar enfrentamos grande perigo, porque eram bons flecheiros [...], e também as fundas e pedras que caíam como granizo eram muito más [...]" (²); e, quanto aos astecas, "[...] atiraram tanta vara e pedra com fundas e flechas, que nos feriram daquela vez quarenta e seis dos nossos, e doze morreram das feridas" (³). Quem gostaria de estar sob o efeito dessas chuvas?

(1) Cf. JOSEFO, Flávio. As Guerras Judaicas. Livro V, § 403.
(2) CASTILLO, Bernal Díaz del. Verdadera Historia de los Sucesos de la Conquista de la Nueva España. O trecho citado foi traduzido por Marta Iansen, para uso exclusivamente no blog História & Outras Histórias.
(3) Ibid.


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terça-feira, 5 de outubro de 2021

Obsoletos

Estas coisas foram vistas em uma caçamba, diante de uma loja em que se vendem e consertam equipamentos de informática:


Eram restos mortais de computadores, impressoras, monitores, scanners, e mais equipamentos afins. Alguns inteiros, outros desmontados, todos obsoletos, a caminho da reciclagem (¹). A revolução da informática se fez acompanhar de uma incrível perícia em gerar obsolescência e novas necessidades. Não é impossível que aquele celular caríssimo, que algum de vocês, leitores, comprou há pouco mais de um mês, pareça ultrapassado na próxima semana.
Façamos um pequeno retorno ao passado. Um anúncio publicado na revista carioca O Malho (²) em outubro de 1930, apontava para a modernização em algumas áreas - iluminação, transportes (esqueçam o óleo de fígado de bacalhau): 


Já este
cartoon, que apareceu em maio de 1924 na revista paulistana A Cigarra (³), fazia troça das muitas invenções que marcaram a terceira década do Século XX, e que, daí por diante, se tornaram mais e mais frequentes, ainda que a grande crise econômica de 1929 tenha, durante alguns anos, encolhido um pouco o mercado para novos produtos:

Dizia a legenda:
"- Acabo de inventar um novo sistema de fósforos...
- Bravo! E como são?
- Iguais aos outros, só que têm a cabeça no outro lado..."
À parte o aspecto cômico, parece que há nisso alguma coisa que lembra certas inovações eletrônicas de nosso tempo, não é?

(1) Assim espero. 
(2) O MALHO, Ano XXIX, nº 1466, 18 de outubro de 1930. A imagem foi editada para facilitar a visualização neste blog.
(3) A CIGARRA, Ano XII, nº 231, p. 43, 1º de maio de 1924. A imagem foi editada para facilitar a visualização neste blog.


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