Os antigos romanos (como muitos outros povos, e não só do passado) tinham a mania de querer adivinhar o que é que o futuro lhes reservava. Para isso, contavam com áugures, arúspices e outras figuras sacerdotais que, pela observação das vísceras de animais sacrificados, do voo dos pássaros e de outras coisas mais, tinham a pretensão de fazer saber aos crédulos cidadãos da poderosa Roma quais eventos estavam à sua frente.
Pois bem, leitores, há um episódio engraçado, e é até difícil acreditar em sua autenticidade, mas que, verdade ou não, dá uma boa medida do que eram as crendices romanas em presságios. Lá vai, então.
Houve um comandante romano que, antes de ir a um combate, resolveu consultar os frangos sagrados (sim, havia mesmo frangos sagrados em Roma, e eram sustentados pelo Estado). Sucede que, diante do alimento que lhes foi oferecido, as aves não mostraram o menor apetite (pior para elas, como se verá). Ora, esse fato era considerado um presságio horrorosamente desagradável. Que fazer?
A saída encontrada pelo pragmático comandante foi bem pouco ortodoxa, em se tratando de respeito às tradições (coisa muito valorizada em Roma): mandou que as aves fossem lançadas ao mar, já que, se não tinham fome, talvez quisessem água...
Veja também:
Por momentos pensei que os mandou assar... mas seria um sacrilégio provavelmente.
ResponderExcluirQue povo não tem as suas crendices?
Beijinho, uma linda semana
Ruthia d'O Berço do Mundo
Apesar de ser vegetariana, reconheço que, se houvesse mandado assar os frangos, o tal comandante teria feito algo mais útil que simplesmente dar ordens para lançá-los no Mediterrâneo. Morreram salgados, coitados... rsrsrssss
ExcluirUm comandante disposto a forjar o seu próprio destino, sem dúvida.
ResponderExcluirSerá que nos fazem falta pessoas assim? Depende das suas intenções, eu sei...
Abraço :)
Pode ser. Mas talvez tenha simplesmente perdido a paciência com a má vontade dos frangos. Em qualquer caso, ruim para as aves, claro.
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