quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Vestuário dos babilônios

Busto de Heródoto (³)
O vestuário de um povo na Antiguidade podia estar relacionado a múltiplos fatores, dentre os quais, os recursos disponíveis, o gosto artístico particular e a conveniência ao clima e ao tipo de atividade de quem o usava.
Não foi diferente com os babilônios, cujo vestuário, Heródoto (¹) assim descreveu:
"[...] vestem, como roupa interior, uma túnica longa de linho, e sobre ela outra de lã e, por cima disso, um casaco branco. Os sapatos que calçam são parecidos aos dos gregos da Beócia. Têm os cabelos longos, que prendem e, sobre eles, usam turbantes. Costumam usar perfumes de qualidade e cada homem tem um anel com seu selo pessoal e uma bengala ou bastão entalhado, em cujo punho se vê a imagem de uma maçã, rosa [...] ou outra figura qualquer, pois isso é o costume entre eles." (²)
A Babilônia dos dias de Heródoto estava em decadência, desde que fora conquistada, no Século VI a.C., por um vasto exército comandado por Ciro, o Grande. Muita coisa mudara na cidade e na área que dominara, com seguidas rebeliões e declínio econômico. Corresponderia a descrição de Heródoto ao trajar usual de um babilônio típico dos dias de glória? É bastante provável, ainda que alguns detalhes podem ter-se perdido com o tempo.  

(1) Século V a.C.
(2) HERÓDOTO, Histórias. O trecho citado foi traduzido por Marta Iansen, para uso exclusivamente no blog História & Outras Histórias
(3) Cf. HEKLER, Anton. Die Bildniskunst der Griechen und Römer. Stuttgart: Julius Hoffmann, 1912, p. 16. A imagem foi editada para facilitar a visualização neste blog. 


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