Busto de Júlio César em mármore (*) |
De acordo com Suetônio em De vita Caesarum, Livro I, estes prodígios e presságios precederam o assassinato de Júlio César em 15 de março de 44 a.C.:
- Em Cápua, um grupo de colonos que removia um cemitério muito antigo para, em seu lugar, construir casas, teria encontrado uma placa de bronze, na qual se lia, em grego, que, ao ser aberta aquela sepultura, um membro da família Júlia seria morto por seus concidadãos, e que, após sua morte, haveria uma série de infortúnios em toda a península itálica;
- Dias antes de sua morte, os cavalos que César havia consagrado ao Rubicão, por ocasião de sua travessia, subitamente teriam parado de comer e começado a chorar;
- Um arúspice teria avisado César, por ocasião de um sacrifício, que se guardasse de grave perigo nos idos de março;
- Um bando de aves, perseguindo um pássaro que levava um ramo de louro, alcançou-o e o fez em pedaços;
- Na véspera de seu assassinato, o próprio César teria visto, em sonho, que voava entre nuvens e tocava a mão direita do deus Júpiter;
- Enquanto isso, Calpúrnia, mulher de César, também sonhava, e, em seu sonho, via cair o teto da casa em que estava, enquanto segurava, em seus braços, o corpo do marido assassinado;
- Finalmente, como se tantos sonhos agitados fossem pouca coisa, afirmou-se que, de súbito, as portas do quarto em que Calpúrnia dormia teriam sido abertas sem intervenção humana.
(*) HEKLER, Anton. Die Bildniskunst der Griechen und Römer. Stuttgart: Julius Hoffmann, 1912, p. 158. A imagem foi editada para facilitar a visualização neste blog.
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Boa tarde e um excelente sábado. Bom final de semana. Excelente matéria, cheia de informações e aula de história.
ResponderExcluirBoa tarde, Luiz, obrigada por ler e comentar. Gostei demais dos posts sobre o Forte de Copacabana em seu blog. Muito interessantes!
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