Tentativa de reconstituição de como seria uma arena para treinamento de atletas e competições em Esparta (¹) |
Para os atletas que competiam em Olímpia, ou mesmo nos outros jogos que eram celebrados na Grécia, o importante era vencer. Embora os gregos acreditassem que a cada certame os deuses se intrometiam para que a vitória fosse de seus favoritos, nem por isso os competidores deixavam de treinar com afinco e, durante as provas, havia até quem se dispusesse a morrer na luta, de preferência a sair derrotado.
Isso não quer dizer que a totalidade dos atletas gregos era composta de candidatos a heróis. Havia, também, gente que sonhava com a fama, mas cujos triunfos não iam muito além da imaginação. Sabemos que era assim por uma comparação feita por Políbio de Megalópolis em sua História, na qual é oferecida ao leitor a possibilidade de entrever o fato de que, mesmo sob o suposto olhar dos deuses, havia competidores que não estavam decididos a dar o sangue pela vitória:
"Não tem esta reflexão outro propósito senão mostrar que há aqueles que, à semelhança dos maus atletas no estádio, param de correr e abandonam seu objetivo quando próximos à chegada, enquanto outros, em idêntica situação, obtêm vantagem frente aos demais competidores." (²)
No esporte como na vida, na Antiguidade ou no Século XXI. Concordam, leitores?
(1) HALL, Jennie. Life in Ancient Greece. London: George G. Harrap & Company, 1913. A imagem foi editada para facilitar a visualização neste blog.
(2) O trecho citado da História de Políbio é tradução de Marta Iansen, para uso exclusivamente no blog História & Outras Histórias.
Veja também:
Uma metáfora perfeita, Marta
ResponderExcluirSim, os entusiastas dizem que o esporte é uma escola. Vê-se que têm alguma razão.
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