sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Púrpura romana

Tingidos com o pigmento extraído de moluscos que eram encontrados no Mediterrâneo, os tecidos de cor púrpura eram os mais amados e valorizados em Roma. Plínio, O Velho (¹), afirmou que a melhor púrpura vinha de Tiro (²), embora a de outras procedências não fosse de modo algum desprezada. Havia púrpura, por exemplo, que vinha da região da Lacônia. 
Ainda de conformidade com Plínio, Rômulo teria feito uso eventual de púrpura, mas não instituiu nenhuma regra quanto ao seu emprego; Túlio Hostílio, terceiro rei lendário de Roma e sucessor de Numa Pompílio, teria sido o primeiro a acrescentar uma faixa púrpura ao seu traje, e isso depois de haver derrotado os etruscos. 
Desde então, a púrpura passou a ser um sinal distintivo na toga usada pelos homens romanos. Servia, por exemplo, para distinguir a ordem senatorial da ordem equestre, para indicar que um adolescente era membro de uma família patrícia e, no caso dos generais vitoriosos honrados com um triunfo, a púrpura era bordada a ouro. Muito do que Roma chegou a ser, veio do espólio de guerra e da mão de obra dos vencidos escravizados. Para aqueles que lideravam as forças militares que garantiam a hegemonia romana, ouro e púrpura no vestuário eram a maior distinção que se podia prestar. 

(1) 23 d.C. - 79 d.C.
(2) Cf. PLÍNIO, o Velho. Naturalis historia, Livro IX.  


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