O uso de mantilhas foi generalizado entre as mulheres que viviam no Brasil Colonial. Cobriam-se com ela quando iam à rua e, em casos extremos, maridos ciumentos impunham seu uso até dentro de casa. Pode-se bem imaginar o que isso significava em tardes quentes de verão.
Aos poucos, comportamentos mais civilizados se introduziram na Colônia e, depois, no Império, e, à exceção do que ocorria em localidades interioranas, as mantilhas caíram em desuso. Não combinavam, mesmo, com as modas francesas que invadiram o Rio de Janeiro, capital do Império.
Apesar disso, por relato de Joaquim Ferreira Moutinho, um português que durante dezoito anos viveu em Cuiabá no Século XIX, vê-se que as mulheres daquela cidade, as pobres e as ricas, persistiam no uso da mantilha (ou talvez persistissem por elas os homens das respectivas famílias). Havia, contudo, uma diferença:
Aos poucos, comportamentos mais civilizados se introduziram na Colônia e, depois, no Império, e, à exceção do que ocorria em localidades interioranas, as mantilhas caíram em desuso. Não combinavam, mesmo, com as modas francesas que invadiram o Rio de Janeiro, capital do Império.
Apesar disso, por relato de Joaquim Ferreira Moutinho, um português que durante dezoito anos viveu em Cuiabá no Século XIX, vê-se que as mulheres daquela cidade, as pobres e as ricas, persistiam no uso da mantilha (ou talvez persistissem por elas os homens das respectivas famílias). Havia, contudo, uma diferença:
"É original ali [em Cuiabá], nas mulheres pobres e nas escravas, o uso de saírem à rua embuçadas em uma baeta vermelha. As pessoas mais favorecidas da fortuna usam de um manto de pano preto lemiste. no qual se envolvem, deixando apenas descoberta uma parte do rosto." (¹)Perversamente, Ferreira Moutinho concluiu: "Este costume - prejudicial às bonitas - é o salvatério das feias." (²)
(1) MOUTINHO, Joaquim Ferreira. Notícia Sobre a Província de Mato Grosso. São Paulo: Typographia de Henrique Schroeder, 1869, pp. 14 e 15.
(2) Ibid., p. 15.
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