O guanaco (Lama guanicoe) é um mamífero da América do Sul e, conforme já veremos, está na origem do nome "Patagônia". Como?
Era o ano de 1520, e os cinco navios da expedição espanhola liderada por Fernão de Magalhães (¹) viajavam em direção ao extremo sul do Continente Americano, à procura de uma passagem que pudesse conduzi-los, dando a volta ao mundo, às famosas "ilhas das especiarias", as Molucas. Mas chegava o terrível inverno austral, e Magalhães e seus homens tiveram de aceitar o fato de que passariam os meses de frio insano por lá mesmo.
Quando se preparavam para enfrentar os dias curtíssimos e as longas noites, ainda buscando a tão desejada passagem que os levaria ao outro lado da América do Sul, avistaram indígenas e travaram contato com eles. Eram altos, muito fortes e, como proteção contra o frio, usavam roupas rudimentares feitas com a pele de um animal nativo, o guanaco. Entre os duzentos e trinta e sete homens da expedição, e um dos dezoito que chegou ao final dela, estava Antonio Pigafetta, italiano, que escreveu uma espécie de diário, no qual se lê: "Este animal [o guanaco] tem cabeça e orelhas semelhantes às da mula, tem corpo de camelo, patas como as do cervo e cauda de cavalo, e relincha como ele" (²). Assim descrito, o guanaco até parece a montagem de um quebra-cabeça animal - mas não é.
Ora, os indígenas do extremo sul do Continente, como já disse, vestiam-se com peles de guanaco, cobrindo inclusive os pés, que, desse modo, pareciam enormes, assemelhando-se às patas de urso, e, por essa razão, os espanhóis começaram a referir-se a eles como patagones. O nome pegou, logo o estreito por onde navegaram recebeu o nome informal de estreito dos patagones (³) e, daí para Patagônia, como nome do lugar como um todo, foi um passo para o qual não é preciso muita imaginação. Os guanacos e suas peles são, portanto, responsáveis involuntários por tudo isso.
Era o ano de 1520, e os cinco navios da expedição espanhola liderada por Fernão de Magalhães (¹) viajavam em direção ao extremo sul do Continente Americano, à procura de uma passagem que pudesse conduzi-los, dando a volta ao mundo, às famosas "ilhas das especiarias", as Molucas. Mas chegava o terrível inverno austral, e Magalhães e seus homens tiveram de aceitar o fato de que passariam os meses de frio insano por lá mesmo.
Quando se preparavam para enfrentar os dias curtíssimos e as longas noites, ainda buscando a tão desejada passagem que os levaria ao outro lado da América do Sul, avistaram indígenas e travaram contato com eles. Eram altos, muito fortes e, como proteção contra o frio, usavam roupas rudimentares feitas com a pele de um animal nativo, o guanaco. Entre os duzentos e trinta e sete homens da expedição, e um dos dezoito que chegou ao final dela, estava Antonio Pigafetta, italiano, que escreveu uma espécie de diário, no qual se lê: "Este animal [o guanaco] tem cabeça e orelhas semelhantes às da mula, tem corpo de camelo, patas como as do cervo e cauda de cavalo, e relincha como ele" (²). Assim descrito, o guanaco até parece a montagem de um quebra-cabeça animal - mas não é.
Ora, os indígenas do extremo sul do Continente, como já disse, vestiam-se com peles de guanaco, cobrindo inclusive os pés, que, desse modo, pareciam enormes, assemelhando-se às patas de urso, e, por essa razão, os espanhóis começaram a referir-se a eles como patagones. O nome pegou, logo o estreito por onde navegaram recebeu o nome informal de estreito dos patagones (³) e, daí para Patagônia, como nome do lugar como um todo, foi um passo para o qual não é preciso muita imaginação. Os guanacos e suas peles são, portanto, responsáveis involuntários por tudo isso.
(1) Fernão de Magalhães era português, assim como vários homens de sua confiança que participaram da expedição.
(2) O trecho citado do diário de Pigafetta foi traduzido por Marta Iansen, para uso exclusivamente no blog História & Outras Histórias,
(3) Hoje, Estreito de Magalhães.
(3) Hoje, Estreito de Magalhães.
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