1. Ao contrário do que muita gente imagina, foram franciscanos, e não jesuítas, os primeiros religiosos que vieram ao Brasil na tentativa de dar início à catequese. O próprio frei Henrique de Coimbra, que celebrou aquela que é considerada a primeira missa no Brasil, com a assistência dos homens que compunham a esquadra de Cabral, além da presença de indígenas (¹), era franciscano. Os primeiros jesuítas vieram em 1549, acompanhando o primeiro governador-geral Tomé de Sousa.
2. De acordo com o padre Simão de Vasconcelos (²), o primeiro jesuíta a ser capaz de pregar e ouvir confissões na língua dos nativos da Bahia foi João Aspilcueta Navarro.
3. Ainda segundo o padre Simão de Vasconcelos, quando começavam a catequese de um determinado grupo de indígenas, a primeira coisa que jesuítas procuravam fazer era obter o consentimento dos nativos para a construção de uma capela ou igreja em sua aldeia.
4. A primeira igreja edificada por jesuítas junto ao Colégio de São Paulo (fundado em 1554) foi feita de taipa de mão e coberta de palha, como eram, nesse tempo, as demais construções da povoação nascente.
5. O primeiro missionário jesuíta a empreender a catequese na Capitania de São Vicente não foi Manuel da Nóbrega e nem José de Anchieta, e sim o padre Leonardo Nunes.
(1) De acordo com a Carta escrita por Pero Vaz de Caminha.
(2) VASCONCELOS, Pe. Simão de S.J. Crônica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil vol. 1 2ª ed. Lisboa: Fernandes Lopes, 1865.
Veja também:
Bem me parecia que um bom franciscano seria incapaz de manipular vontades para além do bem estar das pessoas em causa. Tinham que vir jesuítas (em nome de Jesus? Que abuso!) para manipular tudo o que fosse gente, apesar das boas intenções com que se moviam (ou eram levados a mover-se).
ResponderExcluirSempre pertinente, Marta!
Um bom final de semana :)
Várias ordens religiosas empreenderam catequese no Brasil, mas os jesuítas, circunstancialmente, se destacaram, até pelo papel que assumiram após o Concílio de Trento. Entretanto, é preciso recordar que, quando foram expulsos no Século XVIII, deixaram uma lacuna terrível no pouco que havia de ensino no Brasil Colonial, e as missões que, com a saída deles, mudaram de mãos, em geral não foram exemplos de sucesso.
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