De acordo com Hans Staden (¹), alemão que esteve no Brasil no Século XVI, a técnica empregada por mulheres indígenas para a confecção das vasilhas de barro de que precisavam era a seguinte: primeiro o barro era bem amassado e, em seguida, moldado segundo a forma desejada e o uso a que se destinava; postas a secar, essas peças eram depois pintadas, isso segundo a tradição da tribo.
Devem perguntar, no entanto, os leitores que sabem algo da fabricação de vasos de argila: como eram queimadas as vasilhas? Sim, porque é a queima que dá a elas a durabilidade necessária!
Correto, em seguida vinha a queima. As peças, uma vez secas, eram colocadas sobre pedras, tendo-se o cuidado de, ao redor delas, fazer um monte de cascas de árvores. Punha-se então fogo nas cascas, deixando que se convertessem em brasas, para concluir a queima desejada.
Desse modo, terminava o engenhoso processo, que, com limitados recursos, permitia que se fizessem objetos de barro cuja finalidade, entre outras, podia ser para cozinhar, guardar ou ainda transportar alimentos.
É bom notar, porém, que esse processo se empregava, no Século XVI, entre indígenas do litoral dos atuais Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, a diversidade de povos indígenas da América era, na época, considerável e, por consequência, era muito grande também a variação de técnicas empregadas por eles nas diversas tarefas diárias.
Desse modo, terminava o engenhoso processo, que, com limitados recursos, permitia que se fizessem objetos de barro cuja finalidade, entre outras, podia ser para cozinhar, guardar ou ainda transportar alimentos.
É bom notar, porém, que esse processo se empregava, no Século XVI, entre indígenas do litoral dos atuais Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, a diversidade de povos indígenas da América era, na época, considerável e, por consequência, era muito grande também a variação de técnicas empregadas por eles nas diversas tarefas diárias.
Cerâmica indígena, de acordo com Debret (²) |
(1) STADEN, Hans. Zwei Reisen nach Brasilien. Marburg: 1557.
(2) DEBRET, J. B. Voyage Pittoresque et Historique au Brésil vol. 1. Paris: Firmin Didot Frères, 1834. O original pertence à Brasiliana USP; a imagem foi editada para facilitar a visualização neste blog.
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