Os antigos egípcios gastavam muito tempo da vida trabalhando para a morte. Embora túmulos suntuosos e mumificação de primeira classe só estivessem ao alcance dos ricos e poderosos, até mesmo os mais modestos camponeses tomavam alguma providência, para si mesmos (antecipadamente) ou para os parentes, na suposição de que a preservação do corpo era essencial para assegurar outra vida após a morte.
Gregos da Antiguidade, por sua vez, não tinham o costume de mumificar o corpo dos mortos, mas julgavam indispensável um sepultamento digno, seguindo certos rituais para evitar que o morto, sob uma forma etérea, ficasse importunando os vivos, em lugar de ir para o escuro e frio submundo governado por Hades.
Gregos da Antiguidade, por sua vez, não tinham o costume de mumificar o corpo dos mortos, mas julgavam indispensável um sepultamento digno, seguindo certos rituais para evitar que o morto, sob uma forma etérea, ficasse importunando os vivos, em lugar de ir para o escuro e frio submundo governado por Hades.
Romanos, a princípio, também enterravam os mortos; só mais tarde é que as piras funerárias foram adotadas em alguns casos, para evitar a profanação do corpo daqueles que haviam tombado em combate. Manifestações de luto entre os romanos incluíam alguns rituais que variavam conforme a posição social do falecido, ainda que a queima de aromas junto ao corpo fosse uma prática frequente. De qualquer modo, os ancestrais mortos eram cultuados pela família, que, a cada refeição, oferecia a eles, no altar doméstico, vinho e alimentos, na suposição de que, de alguma forma, participavam desse momento de convívio com os parentes.
Júlio César, em representação do Século XVI (³). |
(1) Cf. HEKLER, Anton. Die Bildniskunst der Griechen und Römer. Stuttgart: Julius Hoffmann, 1912, p. 133. A imagem foi editada para facilitar a visualização neste blog.
(2) A chegada do Cristianismo mudou gradualmente esse cenário, ao introduzir um novo conceito, o da ressurreição dos mortos (...Et expecto resurrectionem mortuorum...).
(3) Cf. CAVALIERI, Giovanni Battista. Romanorum Imperatorum effigies. Roma: Vincentium Accoltum, 1583. A imagem foi editada para facilitar a visualização neste blog.
(4) Cf. SUETÔNIO. De vita Caesarum, Livro I.
(5) PLÍNIO, o Velho. Naturalis Historia, Livro VII. O trecho citado foi traduzido por Marta Iansen, para uso exclusivamente no blog História & Outras Histórias.
(4) Cf. SUETÔNIO. De vita Caesarum, Livro I.
(5) PLÍNIO, o Velho. Naturalis Historia, Livro VII. O trecho citado foi traduzido por Marta Iansen, para uso exclusivamente no blog História & Outras Histórias.
Veja também:
Muito interessante este post, que salienta, no fundo, que nas diversas culturas, ao longo do tempo, a questão da morte nunca foi pacífica. Haverá vida para além da morte? Reencarnamos? Ou, tão só, tudo acaba ali?
ResponderExcluirtenha uma semana prazerosa, Marta :)
"Creio na ressurreição da carne, na vida eterna"... Ooops, tem o juízo final no meio, não é? Não foi esquecimento...
Excluir