Durante os anos em que a exploração e exportação da borracha fez de Manaus um centro importante no norte do Brasil, a cidade cresceu, tanto economicamente como em população, e ganhou prédios que até hoje são admirados. Mas como era Manaus antes da borracha?
Uma breve descrição, presente nos registros feitos pelo casal Agassiz, que visitou o Brasil entre os anos 1865 e 1866, dará uma resposta simples, se quem lê tiver um pouco de imaginação:
"Que poderei dizer da cidade de Manaus? É uma pequena reunião de casas, a metade das quais parece prestes a cair em ruínas, e não se pode deixar de sorrir ao ver os castelos oscilantes decorados com o nome de edifícios públicos: Tesouraria, Câmara Legislativa, Correios, Alfândega, Presidência. Entretanto, a situação da cidade, na junção do rio Negro, do Amazonas e do Solimões, foi das mais felizes na escolha. Insignificante hoje, Manaus se tornará, sem dúvida, um grande centro de comércio e navegação. [...]" (²)Não era mesmo para impressionar ninguém, como muitas outras povoações ribeirinhas contemporâneas, com sua vidinha sossegada, até sonolenta. Mas aí veio a febre da borracha, e tudo mudou. Mesmo com o declínio extrativista do látex, Manaus nunca mais seria a mesma.
(1) Cf. BIARD, François. Deux Années au Brésil. Paris: Hachette, 1862, p. 415. Desenho de E. Riou, sobre esboços de F. Biard. A imagem foi editada para facilitar a visualização neste blog.
(2) AGASSIZ, Jean Louis R. e AGASSIZ. Elizabeth Cary. Viagem ao Brasil 1865 - 1866, trad. Edgar Süssekind de Mendonça. Brasília: Senado Federal, 2000, p. 196.
(2) AGASSIZ, Jean Louis R. e AGASSIZ. Elizabeth Cary. Viagem ao Brasil 1865 - 1866, trad. Edgar Süssekind de Mendonça. Brasília: Senado Federal, 2000, p. 196.
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