sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Lá se foram as lâmpadas incandescentes

Propaganda de lâmpada
incandescente, 1923 (²)
Tácito, historiador romano que viveu entre os Séculos I e II, escreveu: "Todas as coisas que agora achamos velhíssimas, já foram novas." (¹)
Duvida, leitor? Olhe para aquilo que, em seu conceito, é o máximo de tecnologia que está à sua mão. Tenha certeza de uma coisa: algum dia esse seu motivo de orgulho tecnológico terá o status de velharia, e, para tanto, nem será preciso muito tempo, se o ritmo atual de inovação for mantido.
No Brasil do começo do Século XX quase todas as casas, assim que anoitecia, precisavam de velas, lampiões ou lamparinas para que houvesse alguma luz - afinal, humanos não têm olhos de coruja. O máximo do luxo, só disponível em umas poucas localidades, era ter iluminação residencial a gás. Mas aí veio o uso da eletricidade e, com ela, as lâmpadas incandescentes entraram em cena. 
Agora que as lâmpadas incandescentes foram embora, substituídas por outras mais econômicas, como negar que o velho Tácito tinha razão?

(1) Annales, Livro XI
(2) O MALHO, 17 de março de 1923. O original pertence à BNDigital. A imagem foi editada para facilitar a visualização neste blog.


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