Duvido que alguém saiba dizer quando, exatamente, as pessoas tiveram a ideia de usar, pela primeira vez, algum tipo de maquiagem. É coisa da Antiguidade, e os egípcios eram hábeis nisso. Alega-se que, em alguns casos, a maquiagem era útil para proteger contra o sol escaldante, além de, eventualmente, oferecer uma espécie de proteção contra insetos, em particular na região dos olhos, sem deixar de lado o uso, talvez, de caráter ritual. Para além desses motivos, havia outro, mais sutil, conquanto perfeitamente humano: a intenção de dar ao rosto uma aparência melhor, pelo menos segundo os critérios que vigoravam em cada época.
Para quem acha que no Brasil Colonial as dificuldades de sobrevivência mantinham as mulheres tão ocupadas que não tinham tempo sequer para pensar em algum tipo de maquiagem, o que veremos agora será uma decepção, e olhem, meus leitores, que não estamos falando de costumes e adornos indígenas. Em um dos Diálogos das Grandezas do Brasil, obra escrita no começo do Século XVII, o autor (¹), mais precisamente no Diálogo Quarto, deixou claro que as gentis colonizadoras não eram resistentes em dar uma corzinha extra ao rosto, fazendo uso, para tanto, do corante que se extraía de uma árvore nativa: "Também há outro pau de uma árvore pequena, que se chama araribá, que dá outra tinta excelente em ser vermelha, muito mais fina e subida na cor que a do pau do Brasil (²), e dela se aproveitam as mulheres para o rosto." (³)
Vaidade? Sim, talvez, mas à moda colonial.
Para quem acha que no Brasil Colonial as dificuldades de sobrevivência mantinham as mulheres tão ocupadas que não tinham tempo sequer para pensar em algum tipo de maquiagem, o que veremos agora será uma decepção, e olhem, meus leitores, que não estamos falando de costumes e adornos indígenas. Em um dos Diálogos das Grandezas do Brasil, obra escrita no começo do Século XVII, o autor (¹), mais precisamente no Diálogo Quarto, deixou claro que as gentis colonizadoras não eram resistentes em dar uma corzinha extra ao rosto, fazendo uso, para tanto, do corante que se extraía de uma árvore nativa: "Também há outro pau de uma árvore pequena, que se chama araribá, que dá outra tinta excelente em ser vermelha, muito mais fina e subida na cor que a do pau do Brasil (²), e dela se aproveitam as mulheres para o rosto." (³)
Vaidade? Sim, talvez, mas à moda colonial.
(1) Autoria atribuída, com razoável probabilidade, a Ambrósio Fernandes Brandão.
(2) Pau-brasil.
(3) BRANDÃO, Ambrósio Fernandes. Diálogos das Grandezas do Brasil. Brasília: Edições do Senado Federal, 2010, p. 228.
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Boa tarde de terça-feira. Obrigado pela excelente matéria e verdadeira aula de história, minha querida amiga Marta.
ResponderExcluirLuiz Gomes.
viagenspelobrasilerio.blogspot.com
Olá, Luiz, é uma alegria vê-lo por aqui. Obrigada pela visita. Você é sempre muito gentil.
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