Pau-rei (⁴) |
Escrevendo na segunda metade do século XVII, o Padre Simão de Vasconcelos listou uma série de coisas que, se houvessem os primeiros exploradores penetrado logo rumo aos sertões então desconhecidos, certamente teriam observado. Entre essas coisas estavam árvores imensas, que, em seus dias, ainda eram facilmente encontradas nas matas do Brasil.
Angico (⁴) |
O que chamava a atenção dos europeus que vinham à América do Sul, ao lado da enorme diversidade vegetal encontrada, era a dimensão que certas espécies chegavam a atingir. Claro, a maioria dessas espécies não estava restrita ao território que, na época, Portugal considerava seu - elas poderiam ser encontradas também em outras áreas. Sua excelência, rapidamente percebida, para a fabricação de móveis, além de muitos outros possíveis usos, fez com que em tempo relativamente breve as matas fossem reduzidas a tábuas para exportação. Já no século XVIII a situação mostrava-se preocupante.
Pau-ferro (⁴) |
(1) Não se trata, por suposto, das mesmas espécies originárias das altas montanhas da Ásia e da região mediterrânica.
(2) É difícil saber exatamente a que espécie se referia o Padre Simão de Vasconcelos, já que não pode ser de fato à noz-moscada, nativa da Indonésia e não da América.
(3) VASCONCELOS, Pe. Simão de. Notícias Curiosas e Necessárias das Cousas do Brasil. Lisboa: Oficina de Ioam da Costa, 1668, p. 75.
(4) Todos os espécimes fotografados para esta postagem pertencem à Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade, em Rio Claro - SP.
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