Xenófanes é desses pensadores da Antiga Grécia que pouca gente conhece. Até mesmo sua cidade natal, Cólofon, na Jônia, não é das mais famosas. Melhor dizendo, a fama da cidade mais vem desse filósofo-poeta ou poeta-filósofo (sim, faz diferença!) que de qualquer outra coisa.
Apesar disso, Xenófanes destaca-se por, ao invés de seguir a maioria, ter ousado pensar com a própria cabeça, chegando a questionar uma das práticas mais sagradas entre os gregos da Antiguidade - nem mais e nem menos que os Jogos Olímpicos.
Observando o que se passava entre os competidores vitoriosos, Xenófanes constatou que eram sempre honrados em suas cidades como autênticos heróis, mesmo no caso daqueles que competiam em modalidades nas quais os verdadeiros atletas eram os cavalos, e não exatamente os humanos que os conduziam. Ora, pensou ele, mais vale a sabedoria que a força física, e nem por isso os sábios eram publicamente honrados como os que eram vitoriosos nas disputas empreendidas em Olímpia. E foi além em suas reflexões, perguntando se acaso era por terem as cidades bons corredores ou pugilistas que a administração pública funcionava melhor, ou se a presença de grandes atletas é que fazia prosperarem as colheitas!
Você leitor, deve ter suas próprias respostas a essas questões. Vale, no entanto, considerar que, malgrado os motivos para as dúvidas levantadas pelo pensador jônio, os atletas-heróis ou heróis-atletas (sim, faz diferença...) tinham e têm um papel social de grande importância quando, ao realizarem suas proezas, convencem a multidão de humanos absolutamente comuns de que a superação de limites é possível, mesmo quando tudo o que resta é uma mera superação ilusória, decorrente do identificar-se com um vencedor.
Já os líderes políticos, esses nunca tiveram dúvidas do papel dos grandes campeões em atrair prestígio para governos e desgovernos, fosse isso na Antiguidade, fosse em tempos mais recentes, daí porque a história dos mais destacados eventos esportivos deste planeta está repleta de interferências nada compatíveis com o famoso "espírito olímpico" - uma lista quase intérmina de manipulações, boicotes, atentados, e por aí vai.
Apesar disso, Xenófanes destaca-se por, ao invés de seguir a maioria, ter ousado pensar com a própria cabeça, chegando a questionar uma das práticas mais sagradas entre os gregos da Antiguidade - nem mais e nem menos que os Jogos Olímpicos.
Observando o que se passava entre os competidores vitoriosos, Xenófanes constatou que eram sempre honrados em suas cidades como autênticos heróis, mesmo no caso daqueles que competiam em modalidades nas quais os verdadeiros atletas eram os cavalos, e não exatamente os humanos que os conduziam. Ora, pensou ele, mais vale a sabedoria que a força física, e nem por isso os sábios eram publicamente honrados como os que eram vitoriosos nas disputas empreendidas em Olímpia. E foi além em suas reflexões, perguntando se acaso era por terem as cidades bons corredores ou pugilistas que a administração pública funcionava melhor, ou se a presença de grandes atletas é que fazia prosperarem as colheitas!
Você leitor, deve ter suas próprias respostas a essas questões. Vale, no entanto, considerar que, malgrado os motivos para as dúvidas levantadas pelo pensador jônio, os atletas-heróis ou heróis-atletas (sim, faz diferença...) tinham e têm um papel social de grande importância quando, ao realizarem suas proezas, convencem a multidão de humanos absolutamente comuns de que a superação de limites é possível, mesmo quando tudo o que resta é uma mera superação ilusória, decorrente do identificar-se com um vencedor.
Já os líderes políticos, esses nunca tiveram dúvidas do papel dos grandes campeões em atrair prestígio para governos e desgovernos, fosse isso na Antiguidade, fosse em tempos mais recentes, daí porque a história dos mais destacados eventos esportivos deste planeta está repleta de interferências nada compatíveis com o famoso "espírito olímpico" - uma lista quase intérmina de manipulações, boicotes, atentados, e por aí vai.
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