Canjica branca |
Sob tal preparo é que a canjica era usada pelos índios como alimento, ainda de acordo com o padre Manoel da Fonseca: "É sustento próprio de pobres, pois só a pobreza dos índios e a falta do sal por aquelas partes podiam ser os inventores de tão saboroso manjar" (³). Deixando de lado o sarcasmo da explicação, cumpre notar que, para o jesuíta, o jeito certo de preparar canjica devia ser com adição de sal. Reajam como quiserem, leitores.
Canjica amarela |
Hoje há quem faça canjica adicionando leite condensado, leite de coco, coco ralado, canela, amendoim e outros ingredientes mais. A nomenclatura também varia um pouco, de acordo com a região. Não sei se deu para notar, mas não gosto muito de canjica. No entanto, este blog, como sabem, é um espaço democrático para debates e, por isso, fiquem os leitores à vontade para manifestar apreço ou desgosto por ela. Se estiverem no primeiro caso, podem até deixar as receitas favoritas nos comentários...
(1) FONSECA, Manoel da S.J. Vida do Venerável Padre Belchior de Pontes, da Companhia de Jesus da Província do Brasil. Lisboa: Off. de Francisco da Silva, 1752 /Reedição da Cia. Melhoramentos de S. Paulo, p. 55.
(2) Ibid.
(3) Ibid.
(4) Em algumas regiões do Brasil há outros modos de preparo que remetem a tradições africanas, sugerindo, pois, um sincretismo culinário muito interessante.
(5) FLORENCE, Hércules. Viagem Fluvial do Tietê ao Amazonas de 1825 a 1829. Brasília: Ed. Senado Federal, 2007, p. 15.
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