Monte Sião e Jacutinga são cidades do Estado de Minas Gerais que têm muito em comum com as cidades paulistas mais próximas, destacando-se nessas semelhanças o fato de que, no passado, foram áreas importantes para a agricultura cafeeira, além de terem recebido um enorme contingente de imigrantes para trabalhar na lavoura. Aliás, no caso das duas cidades mineiras, a presença italiana é fortíssima. Nessa penúltima postagem da série, tratarei do Santuário de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa (Monte Sião) e da Igreja Matriz de Santo Antônio (Jacutinga).
Santuário de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa (Monte Sião - MG)
A edificação de uma primeira capela foi autorizada em 1849 e, pelo que se afirma na cidade, localizava-se aproximadamente onde está o coreto da Praça Prefeito Mário Zucato. Curiosa, no entanto, é a história da imagem trazida de Portugal nos idos de 1860, que já foi retirada do altar porque suas formas não são exatamente as que costumam ser empregadas para representar uma santa... Mas o caso é que foi restituída a seu posto e lá está para ser vista por quem quiser.
A igreja que sucedeu a primeira capela não existe mais, infelizmente. Foi demolida e deu lugar ao atual templo, cuja construção durou dos anos trinta aos cinquenta do século XX. A elevação à condição de Santuário de N. Sra. da Medalha Milagrosa data de 1999.
Igreja Matriz de Santo Antônio (Jacutinga - MG)
Data de 1845 a edificação da primeira capela, em terras que foram cedidas por José Francisco Fernandes e esposa. A atual igreja destaca-se pela localização elevada e pela força e beleza da construção, rodeada de jardins. Os vitrais são interessantes e, quanto ao relógio da torre, afirma-se que foi construído na própria cidade.
A propósito, na praça que a cerca está um monumento celebrando o centenário da independência do Brasil, o qual ganha muito em significado, já que nos aproximamos do bicentenário (a ser comemorado em 2022). A placa superior diz "7 de Setembro 1822 - 1922 O povo de Jacutinga commemora o centenário da Independência do Brasil." Na ocasião em que estive na cidade faltava, porém (como se vê na foto), uma outra placa. Certamente vale a pena a restauração. Observo aqui, entretanto, que o "fenômeno" da desaparição de placas em monumentos não é, de modo algum, privilégio de Jacutinga - pode ser observado em muitas cidades, o que é lamentável, pois dificulta a identificação de pontos importantes tanto por turistas como pelos próprios moradores.
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