Vejam isto, leitores, e digam se concordam ou não com José de Alencar:
"Nunca reparaste numa coisa. O menino a quem se dá um brinquedo, começa por mordê-lo e espedaçá-lo; se o brinquedo resiste, joga-o fora; se quebra-se, então o amima e afaga." (¹)
Bem, dirão alguns de vocês, isso era no Século XIX!... Sim, de acordo, mas quem é que nunca viu um pequeno triste por um brinquedo quebrado, ao qual, até então, não dera grande importância?
Mas falemos de brinquedos - não dos que se vendem, agora, em qualquer loja especializada, mas daqueles que eram comercializados há mais ou menos um século. Vem, a seguir, uma pequena coleção deles, em imagens que, algum dia, foram publicadas em revistas, com a intenção de atrair as boas graças dos pais. Eles, como sempre, é que pagavam a conta.
1. Tricicleta com cavalinho e carrinho sport (²)
2. Triciclo (³)
3. Trenzinho a corda (⁴)
4. Bonecas de porcelana (⁵)
5. Carrinho de corridas para crianças (⁶)
Não podemos deixar de notar que todos esses brinquedos, agora centenários, mas que já foram novidade, têm legítimos sucessores. Há alguns brinquedos, no entanto, que, mesmo sendo muito simples, têm atravessado os séculos. Séculos? Melhor dizer milênios. Aqui e ali, ainda podemos ver crianças brincando com bonecas de pano, com piões, com bolinhas de gude. Isso me dá a ideia de lançar um desafio aos leitores: qual seria o segredo da longevidade desses brinquedinhos que se recusam a desaparecer?
(1) A Expiação (comédia).
(2) O ECHO, Ano VIII, nº 75 - São Paulo, maio de 1908.
(3) A CHRONICA, Ano I, nº 2, p. 39 - São Paulo, fevereiro de 1908.
(4) PARA TODOS, Ano XII, nº 615 - Rio de Janeiro, 27 de setembro de 1930.
(5) O ECHO, Ano XV, nº 2 - São Paulo, Agosto de 1916.
(6) O ECHO, Ano XV, nº 4 - São Paulo, outubro de 1916.
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