Coqueiro |
Os cocos deviam ser pouco conhecidos na Europa por volta da terceira década do Século XVI, porque Antonio Pigafetta, um italiano que participou da primeira viagem conhecida de circum-navegação, teve o cuidado de descrevê-los minuciosamente nos registros que fez da expedição, para que aqueles a quem pretendia entregar seus escritos tivessem uma ideia correta de como eram os frutos produzidos pelos coqueiros, que atraíram a atenção dos navegadores que acompanharam Fernão de Magalhães nas ilhas por onde passaram, em busca das Molucas (²):
"O fruto do coqueiro tem o tamanho da cabeça de um homem, e pode ser até maior. A parte exterior é verde, tem dois dedos de espessura e é dotada de fibras que servem para se fazer cordas com que [os ilhéus] amarram as embarcações. Há dentro outra casca, mais rígida e grossa que uma casca de noz [...]. Dentro está uma camada branca, de um dedo de espessura, que é comida com carne e peixe, como se fosse pão. [...]" (³)Não andou mal o senhor Pigafetta nessa descrição. Concluiu-a fazendo menção à parte que era, talvez, a que mais interessava aos navegadores que viviam enfrentando problemas com a falta do que beber em viagem: "No centro [do coco] há um líquido doce e transparente [...]." Falava, naturalmente, da água de coco, que vai muito bem em dias quentes (⁴).
A polpa parece ser a parte mais apreciada pelo primatinha da foto que foi incluída aqui, para tornar a postagem mais simpática. Que tal?
(1) Há outras palmeiras que crescem muito bem no Brasil, mas que não são nativas. São exemplos a palmeira-imperial (Roystonea oleracea), originária da Jamaica, e a belíssima palmeira-azul (Bismarckia nobilis), de Madagascar.
(2) A descrição do fruto produzido pelo coqueiro está ligada a acontecimentos de 1521, um pouco antes da batalha em quw Magalhães foi ferido e em consequência da qual morreu.
(3) Os trechos citados do Diário de Antônio Pigafetta foram traduzidos por Marta Iansen, para uso exclusivamente no blog História & Outras Histórias.
(4) Como hoje, enquanto esta postagem é escrita.
(2) A descrição do fruto produzido pelo coqueiro está ligada a acontecimentos de 1521, um pouco antes da batalha em quw Magalhães foi ferido e em consequência da qual morreu.
(3) Os trechos citados do Diário de Antônio Pigafetta foram traduzidos por Marta Iansen, para uso exclusivamente no blog História & Outras Histórias.
(4) Como hoje, enquanto esta postagem é escrita.
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