Pausânias foi um grego que viveu no Século II d.C., e fez-se notável por ter prestado um grande serviço à posteridade: escreveu uma Descrição da Grécia, contando em detalhes como era a Hélade de seus dias. Não fosse por ele, e não saberíamos muitas coisas desse tempo, perdidas nos escombros da civilização.
Ao falar de Atenas, a Descrição da Grécia coloca o leitor na posição de um viajante que chega à cidade por um de seus portos. Pausânias esclarece, então, que em tempos remotos, o único porto era o de Falero, e foi só no tempo de Temístocles que o Pireu tornou-se o mais importante. Apesar disso, Falero ainda era usado, porque ficava mais perto da cidade. Quem viajava entre cidades gregas, geralmente chegava por ele, assim como os navios menores, com menos carga, preferiam-no. O Pireu era para grandes negociantes e embarcações maiores.
Politeístas como eram, os gregos amontoavam estátuas e altares para seus deuses junto aos portos. Não era bom correr o risco de irritar alguma das irascíveis divindades do Olimpo, nem mesmo algum dos heróis, igualmente cultuados. Seguindo a linha de raciocínio de Pausânias (*), quem chegava a Atenas pelo porto de Falero, poderia ver um belo templo em honra da deusa mais importante da cidade, Atena, e, a alguma distância, outro para o culto a Zeus. Vinham então, altares que homenageavam os heróis mitológicos da cidade, filhos de Teseu e Falero, que teria navegado com Jason em tempos distantes, e outro dedicado a um filho de Minos. No meio de muitos outros, um altar consagrado aos deuses cujo nome os atenienses desconheciam. Ainda assim, a cidade e seus habitantes pretendiam obter sua proteção e bom humor. Era politeísmo no mais alto grau, embora, nos dias de Pausânias, os velhos cultos fossem, já, mais convenção que convicção.
Ao falar de Atenas, a Descrição da Grécia coloca o leitor na posição de um viajante que chega à cidade por um de seus portos. Pausânias esclarece, então, que em tempos remotos, o único porto era o de Falero, e foi só no tempo de Temístocles que o Pireu tornou-se o mais importante. Apesar disso, Falero ainda era usado, porque ficava mais perto da cidade. Quem viajava entre cidades gregas, geralmente chegava por ele, assim como os navios menores, com menos carga, preferiam-no. O Pireu era para grandes negociantes e embarcações maiores.
Politeístas como eram, os gregos amontoavam estátuas e altares para seus deuses junto aos portos. Não era bom correr o risco de irritar alguma das irascíveis divindades do Olimpo, nem mesmo algum dos heróis, igualmente cultuados. Seguindo a linha de raciocínio de Pausânias (*), quem chegava a Atenas pelo porto de Falero, poderia ver um belo templo em honra da deusa mais importante da cidade, Atena, e, a alguma distância, outro para o culto a Zeus. Vinham então, altares que homenageavam os heróis mitológicos da cidade, filhos de Teseu e Falero, que teria navegado com Jason em tempos distantes, e outro dedicado a um filho de Minos. No meio de muitos outros, um altar consagrado aos deuses cujo nome os atenienses desconheciam. Ainda assim, a cidade e seus habitantes pretendiam obter sua proteção e bom humor. Era politeísmo no mais alto grau, embora, nos dias de Pausânias, os velhos cultos fossem, já, mais convenção que convicção.
(*) Cf. PAUSÂNIAS. Descrição da Grécia, Livro I.
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