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Entretanto, mesmo sendo breve, é inegável que a história das Copas revela muito sobre a história do século XX como um todo. Para se ter uma ideia, podemos falar da influência fascista nas competições de 1934 e 1938 (vencidas pela Itália), do impacto exercido pela Segunda Guerra Mundial (já que as Copas de 1942 e 1946 não foram realizadas), do drama da Guerra Fria na vida pessoal de muitos atletas (como Puskás, que competiu em 1954 pela Hungria e em 1962 pela Espanha), ou do uso político da Copa de 1978 por parte do governo ditatorial na Argentina. Podemos, em se tratando de eventos mais recentes, falar do intenso movimento migratório decorrente da globalização, evidenciado pela quantidade de jogadores "estrangeiros" atuando pelas seleções europeias, o que poderia, aparentemente, descaracterizar a Copa do Mundo como uma competição entre países ou, por outro lado, dar a falsa impressão de que a humanidade chegou a um patamar superior de aceitação e entendimento. E, contudo, quando a bola rola, ressurgem os velhos nacionalismos, cujo óbito tinha sido erroneamente constatado... Vê-se que foram inumados vivos e que apenas aguardam o momento dos hinos nacionais, antes de cada partida, para saltarem da cripta do passado para as arquibancadas dos estádios.
Senhores leitores, talvez guardemos em nós mais vestígios tribais do que em geral pensamos!
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