Catedral de N. Sra. do Amparo (Amparo - SP)
Chegamos, leitor, à última postagem da série A Arquitetura Sacra Paulista e Mineira nas Regiões Cafeeiras. Depois de passear por várias cidades, visitaremos a Catedral de Nossa Senhora do Amparo, na cidade de Amparo - SP. É certo que haveria muitas outras cidades e suas igrejas a percorrer, mas algum tipo de seleção é sempre inevitável e, neste caso, valeram minhas preferências...
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiALUo7j8NFCZP5e8vdUrFnIr5vTknIXPkO4AWXzxXz7YMluOLVlaf5Bt9JHkT6ytLqJ2srqZVazyHbDG6CjPN_PkTO3fpEgIXdOEJaiYgvRfo_LHMsNFpL1FRlBNnri2EBQ_TFoFO0ALn/s200/Porta+lateral+da+Catedral+de+Nossa+Senhora+do+Amparo.jpg)
A título de conclusão...
Julgo conveniente, ao concluir esta série, fazer um breve inventário dos padrões observáveis em relação ao assunto em análise. Vejamos, pois.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhk3BbIx3lpGbNlIM8tDyCFXIHmzjcnPYvpLHNJ9axnL-vq8jUWqyjgt_sDW3WRgJNokakfuEDQz-7tO5VxiUZq7kKYkGTMX5UIv-PAiUKVgs1zDcW9ufUjl_rK7Atv2nASUwYRTCyT31n4/s200/Uma+das+torres+da+Catedral+de+Nossa+Senhora+do+Amparo.jpg)
2. A capela primitiva, geralmente uma construção precária, é demolida para dar lugar a uma igreja de maior dimensão e solidez. Em alguns casos, a primeira igreja também é demolida e, em seu lugar, encontramos o templo atual (note-se que, provavelmente, ao demolir uma igreja para construir outra, não há qualquer consciência de que a anterior poderia significar algum patrimônio histórico digno de preservação).
a) Edifica-se a nave e posteriormente são acrescentadas torres e/ou cúpula;
b) A construção passa por uma ampla reforma que descaracteriza por completo o edifício original.
4. Em consequência da construção por etapas:
a) O estilo torna-se eclético, mas sem que haja tal intenção (seja por falta de planejamento, seja porque as modas são outras);
b) As igrejas iniciadas em tempos áureos do café apresentam alvenaria grandiosa. Se, no entanto, são concluídas após a grande crise de 1929, tendem a apresentar o acabamento interior bem mais modesto, ensejando reformas extremas, principalmente a partir dos anos 70, que por vezes resultam em completa descaracterização. Excetuam-se aqui os poucos casos em que o tombamento impede tais alterações.
5. Finalmente, vale lembrar que o padrão é a reforma, não a restauração. Sobre essa questão, todavia, voltarei a escrever em momento oportuno.
Veja também:
- A arquitetura sacra paulista e mineira nas regiões cafeeiras - 1
- A arquitetura sacra paulista e mineira nas regiões cafeeiras - 2
- A arquitetura sacra paulista e mineira nas regiões cafeeiras - 3
- A arquitetura sacra paulista e mineira nas regiões cafeeiras - 4
- A arquitetura sacra paulista e mineira nas regiões cafeeiras - 5
- A arquitetura sacra paulista e mineira nas regiões cafeeiras - 6
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